História do Garimpo da Chapada Diamantina



Assim como aconteceu na história do Brasil, os primeiros habitantes da Chapada Diamantina foram os índios, seguidos pelos portugueses, especialmente, e os africanos. Da agropecuária ao garimpo, a região se destacou na economia nacional, contribuindo, inclusive, com importantes obras estrangeiras.




A Chapada vai sendo povoada, gradativamente, por criadores de gado e produtores de café, ao lado de comunidades quilombolas (refúgio de escravos). Com a descoberta de ouro e diamante, o ciclo do garimpo se inicia. Nessa época pomposa, é construída a Estrada Real entre a Chapada Norte e Sul, de Jacobina a Rio de Contas. O lugar foi a rota oficial para transportar o ouro até a capital baiana e, de lá, aos mares estrangeiros.
A produção aurífera diminui, mas é o começo da exploração de diamantes que traz um novo movimento à região, com a presença de negociadores europeus. A exploração da pedra se expande de Mucugê para outras localidades, a exemplo de Andaraí, Lençóis, Igatu e Morro do Chapéu, definindo o lugar que passou a se chamar Chapada Diamantina, em alusão à abundância do mineral.
A partir de 1980, desenvolve-se a exploração mecanizada de diamantes, porém seu tempo estava contado e a técnica foi proibida por questões ambientais. O turismo tornou-se uma alternativa à economia regional, fortalecendo-se com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina (1985). É nesse período que o patrimônio natural da região se destaca como a sua grande riqueza e principal fonte de renda.

                                       CURIOSIDADE DA CHAPADA.
Morro do Chapéu teve o primeiro coronel negro da Bahia: Francisco Dias Coelho, que governou de 1909 a 1917, de um modo diferente. Conhecido pela sua diplomacia, sentimento de justiça e bondade, foi considerado um homem com visão além do seu tempo.



O garimpo e a mineração foram os grandes motores econômicos da Chapada Diamantina nos séculos atrás.
Primeiro o ouro, encontrado no século 18 em Rio de Contas e Jacobina, em seguida o diamante, cujas primeiras jazidas foram descobertas no começo do século 19 em Mucugê. Muitas das cidades da Chapada guardam, em seu casario, a lembrança daqueles tempos áureos. Por quase todo o século 19, a Bahia foi a maior produtora de diamantes do mundo
Quando foram encontradas as minas da África do Sul, em 1870, a produção decaiu e só foi salva por causa do carbonado, o chamado “diamante negro”, uma raríssima variedade do diamante usada na indústria. A Chapada concentrava praticamente toda a produção mundial do carbonado, e foi nos arredores de Lençóis que se encontrou uma pedra de nada menos que 3 167 quilates, batizada de “Sérgio” – até hoje o maior diamante já visto no planeta.
No século 20, a chegada do diamante sintético levou à extinção do garimpo de carbonado. Mas não o ouro e o diamante, que continuam brotando do chão da Chapada, embora de forma artesanal, já que o IBAMA proibiu o uso de dragas para mineração no ano de 1998.

Por um século o ouro foi a principal riqueza da região e neste período foi construída a Estrada Real para facilitar o transporte em toda a região de Norte a Sul. A partir da redução do ouro inicia a exploração dos diamantes e o surgimento dos garimpos em Lençóis. A exploração dos diamantes teve fim por volta do ano de 1870 quando começa a chamada “Era dos Coronéis”. O principal personagem da região de Lençóis neste período foi o Coronel Horácio de Mattos.
Em meados do século 20 Lençóis passou por uma forte crise econômica devido a grande procura de diamantes, o que ocasionou no esgotamento da exploração da pedra. As atividades nos garimpos tiveram fim em 1994 e a partir disso foi descoberta outra forma de riqueza na região da Chapada Diamantina: o Turismo. Foi criado o Parque Nacional da Chapada Diamantina e em 1973 a cidade de Lençóis foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Artístico Nacionalcomo Patrimônio Nacional. A partir daí, o turismo é a principal forma de renda da região da Chapada Diamantina.

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