COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO OESTE DA BAHIA
COMUNIDADES
QUILOMBOLAS NO OESTE DA BAHIA
Sobre
a presença histórica-antropológica dos negros na Região Oeste da Bahia
intuiu-se no cenário acadêmico o discurso da “escassez” de referências sobre
tais grupos, em grande medida, proveniente do discurso hegemônico e ideológico
que, velam até o tempo hodierno, imagens forjadas da presença rarefeita dos
negros. Esse cenário malogrado à população negra sobrevém, isto sim, de
construções das elites política, intelectual e religiosa, ou em alguns casos,
alicerçadas numa penumbra amistosa, cujas relações sociais, em sua maioria,
constituíram-se sob à luz do compadrio, coronelismo e/ou patronagem. Pinho
(2001), em análise da situação do cenário político de auto-identificação de
comunidades quilombolas no município de Bom Jesus da Lapa, nos idos de 1980,
corrobora esta premissa. Para o autor, a historiografia baiana contribuiu para
propalar a visão tradicional e colonial nas porções interioranas do Estado da
Bahia da imagem do negro, como objeto passivo e a-histórico. Ainda de acordo
com o autor, a escravidão na região seguiu a lógica do paternalismo entre o
senhor/escravo até o alvorecer do século XX.
Comentários
Postar um comentário